segunda-feira, 23 de julho de 2018

Sexta-feira

... Não, desculpem, hoje é Segunda. Este dia que ninguém quer, vítima de grande repúdio por quase todos nós. Hoje em particular, a Segunda-feira não me incomoda porque tenho o dia livre mas, para compensar, amanhã tenho um turno de 12 horas para cumprir. Mas já vai ser Terça-feira e, com este bypass do primeiro dia semana, a coisa nem parece assim tão má.

Segunda-feira poderia ser utilizada como um apelido... há pessoas que conseguem ser tão desagradáveis - são tão segunda-feira! E, por outro lado, aqueles indivíduos sempre de sorriso aberto, alegres e bem dispostos, seriam sextas. Ou Sábados!

Uma boa semana para vocês!



Ciao

domingo, 22 de julho de 2018

Coisas importantes

Ontem, a Lopesca publicava no seu blogue a famosa frase de Antoine de Saint-Exupéry: "...o essencial é invisível aos olhos".

Não sei o que vos vem à cabeça ao ler esta frase. A primeira coisa que me surge é o amor. O amor não é palpável, nem constitui uma entidade estruturada que possamos ver, no verdadeiro sentido da palavra. Mas, curiosamente, o amor só o é em toda a sua plenitude quando traduzido por gestos e atitudes e esses sim, podemos ver. Não acham quase mágica esta capacidade do Homem de traduzir um sentimento bom e invisível (seja ele qual for!), numa entidade concreta? Um gesto é uma coisa tão mecânica, tão física e quando gerado a mando de um coração, torna-se algo tão grande e transcendente!...

A segunda coisa que me vem à mente é o oxigénio... mas pronto, certamente será defeito de profissão.



Ciao

sábado, 21 de julho de 2018

Fio de prumo

Hoje, ao ler o blogue Fio de Prumo da Helena Sacadura Cabral, lembrei-me que o meu livro de Matemática da 1ª classe tinha o mesmo nome.
E lembrei-me da primeira vez em que vi um verdadeiro fio de prumo que, até ali, era apenas o título do calhamaço que levava na mochila.
O Avô tinha um fio de prumo. E um badalo de uma cabra atrás da porta da adega. E uma bola de sebo com que vedava os pipos do vinho.
Um dia explicou-me de onde vinha o sebo e eu não fiquei traumatizada.
Não percebo por que se insiste na nova versão do "atirei o pau ao gato".


Ciao

quarta-feira, 18 de julho de 2018

Nelson Mandela

Se estivesse vivo, Nelson Mandela comemoraria hoje 100 anos de vida.




Ciao

Proporções

Há dois dias, alguém publicava:

"Look again at that dot. That's here. That's home. That's us. On it everyone you love, everyone you know, everyone you ever heard of, every human being who ever was, lived out their lives."

Carl Sagan, Pale Blue Dot





E de repente, tudo parece mais fácil de relativizar...


Ciao

terça-feira, 17 de julho de 2018

Nunca mais matei aranhas... e a culpa é do Lucas



Depois de ver este vídeo, nunca mais matei aranhas... geralmente, não mato os bichinhos que encontro por casa. Tento sempre apanhá-los com um guardanapo ou outras coisa qualquer, e vou a correr com eles para a janela. Lá porque são de pequeno porte e fáceis de exterminar, não vejo que haja sempre necessidade de lhes dar com um chinelo... eles também vivem aqui.

Não tenho a certeza se muitas vezes não é esta atitude que vemos ser empregue na nossa sociedade - os mais "pequenos", apesar de serem aqueles que mais necessitam de ajuda, são os alvos mais fáceis e por isso, aqueles que mais sofrem de alienação e desprezo, perpetuando este ciclo...



Ciao

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Histórias de Amor

Emmanuel Macron, presidente da França, é casado com uma antiga professora do seu Liceu.

Deve ter-lhe dado uma boa nota.
É por isso que não compensa chumbar ninguém... nunca se sabe.



Ciao

domingo, 15 de julho de 2018

Sem dúvida

A torcer pela Croácia!!!


Ciao


PS: e com este post criei a etiqueta "Futebol". Não tenciono utilizá-la muitas vezes - o futebol não é tema que me entusiasme. Talvez volte a ter utilidade daqui a dois anos, durante o próximo Europeu. É como aquela peço de roupa que compramos, usamos uma vez e fica ali guardada porque "nunca se sabe, ainda pode vir a dar jeito!". E adivinhem? Nunca mais a usamos.

Sem noção

Eu achava que a senhora de 60 anos que trabalha no mesmo edifício que eu e que se apresenta sempre com uma maquilhagem super berrante e esborratada - como se depois de aplicar as pinturas todas, passasse a mão em movimentos circulares sobre o rosto - era uma pessoa sem noção.

Mas depois o Trump disse que se pretende recandidatar em 2020...


Ciao

Domingos e outras coisas mais...

Hoje é Domingo e estupidamente, eu nunca gostei dos Domingos.
Cá por casa, chamamos-lhe a "síndrome de Domingo" e já me dei conta de que não serei apenas eu a padecer deste problema. É assim uma espécie de melancolia de saudades antecipadas de um ou dois dias de descanso. É o culminar de um degradê de alegria que se inicia no seu máximo na sexta-feira e vai diminuido a pique até ao Domingo.

É parvo, eu sei. 
Há outras coisas de que não gosto como por exemplo, dormir (e alguns queixos poderão ter caído neste exacto momento). Não será o acto de dormir propriamente dito, mas antes o acto de ir para a cama. Este recolher obrigatório incomoda-me. No fundo, talvez não goste de finais - final do dia, final do fim-de-semana... mas os finais são obrigatórios e necessários, não é verdade? Um começo geralmente, é antecedido por um fim.




Ciao

sábado, 14 de julho de 2018

Viagens

Pergunto-me se alguma vez conseguirei descobrir uma cidade na sua mais pura essência; a cidade como é verdadeiramente vivida pelos seus habitantes, os seus hábitos e costumes mais autênticos. A globalização traz consigo inúmeras vantagens mas a "homogeneização" que a acompanha é um aspecto demasiadamente castrador e um preço muito alto que pagamos pela facilidade com que bens e pessoas circulam pelo Mundo (sendo que infelizmente, parece que os bens têm tido mais facilidade em saltar muros do que algumas pessoas...).

Muitos países atraem cada vez mais turistas e na sequência da crescente vaga de turismo, as cidades parecem abdicar da sua identifidade em prol de uma oferta turística que mais do que acolher, suga quem se aproxima. Os menus são traduzidos para inglês, as ruas estão cheias de ofertas de breakfasts, de tours, de souvenirs, de coca-cola, de atracções que nada têm a ver com a cultura local, mas que apresentam grande potencial económico. Somos constantemente abordados por ofertas disto e daquilo que só existem porque estamos ali, porque mais do que visitas, somos uma fonte de rendimento. E as ruas estão lotadas com pessoas, com pessoas com telemóveis, com pessoas com máquinas fotográficas, com telemóveis com pessoas... E assim se vai perdendo aquele perfume único das ruas e de quem por lá vive. Creio que durante a minha última viagem me terei cruzado com mais turistas do que com indivíduos locais, propriamente ditos.

Ao observar a beleza dos sítios que tenho tido a sorte de visitar, há algo de artificial que parece querer apagar esse brilho e tenho pena. Embora seja consciente de que também eu faço parte dessa vaga de turistas, lamento este efeito adverso do turismo e ao mesmo tempo, não sei se existe alguma outra forma de vivermos este fenómeno.

Gostava de ter viajado noutra época. Naquela época em que era preciso gesticular porque ninguém falava a língua universal, em que se pedia um prato sem ter a certeza do que se iria comer... em que as pessoas viam com os olhos e não através da câmara do telemóvel.



Ciao

Dilemas

Eu gosto de escrever. Ou melhor, eu gosto mesmo muito de escrever. E ler o que outros escreveram, também - é bidireccional esta minha relação com as palavras. 
Encaro a escrita como uma tarefa de partilha e de grande responsabilidade. A escrita é um instrumento que pode alterar mentalidades e assim mudar o Mundo e, portanto, não deve ser, na minha opinião, levada a cabo com leviandade.

Claro que gostar de escrever não é sinónimo de saber escrever - facto que enfatizo profilactimanente para evitar possíveis desilusões. Nem sempre gostar é suficiente (o que parece ser verdade em muitos aspectos da vida e não só na escrita...). Na aldeia dos meus avós vive uma senhora que se me apresenta como um dilema existencial, pois não sei se a admire ou reprove. Esta senhora participa do coro da Igreja apesar dos seus parcos dotes vocais. Parece não se aperceber da limitação das suas cordas vocais e o indivíduo responsável pelo ensaio do coro com certeza, receia ferir susceptibilidades... na verdade, esta senhora é muitas vezes quem canta o Salmo (que, para quem não sabe, é uma espécie de canto a solo). Estas suas participações já lhe valeram momentos de grande embaraço e ainda assim, a senhora mantém-se firme nas suas convicções musicais. Vai, desafina e volta.

A Missa é sempre mais interessante com a participação da senhora - nunca sabemos bem qual é a nota vítima do próximo homicídio. E apesar de alguns risos reprimidos, a sensação que tenho é a de que esta senhora é acarinhada por todos.

Nem sempre gostar é suficiente... mas é tudo o que temos.


Ciao